sábado, 24 de outubro de 2009

Entrevista publicada no dia 13/01/2004


1) A banda foi criada ha cerca de três anos e vendeu logo de cara mais de 50 mil cópias no primeiro CD com produção independente e despontou nas principais rádios do Espírito Santo. Vocês acreditavam que iam estourar assim tão depressa?A coisa com o casaca foi muito por acaso. Era uma reunião de amigos que tocavam tambor no chão e de repente tinham que saber o que eram retorno, side, monitor, palco. A gente até hoje faz a coisa com o coração e em todo trabalho feito com amor o resultado é o sucesso. A vontade continua a mesma: tocar tambor e mostrar a cultura capixaba pros quatro cantos do mundo.


2) Das dificuldades do início da carreira, qual delas marcou mais o grupo?
Teve muitas dificuldades, mas o pior é que o Espírito Santo não conhecia sua própria cultura então muitos lugares a galera dizia “lá vem os caras do tambor fazer macumba “ e as rádios diziam que não cabia na programação esse estilo de música. Pois é, a coisa mudou graças a deus.


3) Qual a opinião de vocês sobre as bandas que, depois do sucesso, passam a produzir músicas para a mídia e não aquelas que faziam no início da carreira? Olha, a questão é muito difícil por que bom...O dead fish, por exemplo, estava quase acabando , já o cpm 22 vende igual água, bandas iguais ideais diferentes . Faça sua música sempre, se ela for boa não importa se é samba rap ou funk. Música boa é música boa, o que hoje é comercial amanhã é cult.


4) Vocês estão conseguindo divulgar o congo e a cultura capixaba como tinham em mente? Rapaz, o Brasil é muito grande e rico em cultura e o CASACA já começa a fazer barulho, e as pessoas começam, a saber, que tem um movimento. no Espírito Santo, que tem bandas boas lá ,e uma cultura muito forte, a gente ta engatinhando. Ainda tem muita caixa pra carregar.


5) Fale pra gente sobre o último álbum da banda. É um cd mais técnico. A gente teve acesso as melhores guitarras, os melhores equipamentos de estúdio, produção de Paulo Rafael (guitarrista do Alceu Valença ) mixado, no estúdio Nas Nuvens, no Rio, por Victor Farias. É um cd foda em qualidade, mas acho que perdeu um pouco do romantismo do primeiro.


6) Quais as principais diferenças do primeiro Cd da banda, gravado de forma independente, para esse segundo? No primeiro a gente tinha uma inexperiência em estúdio , os tambores nós não sabiaamos como iríamos gravar. O pessoal do tambor foi tudo novidade, quando chegou à hora do metrônomo (click ) foi uma luta.O segundo foi mais tranqüilo.


7) Como vocês estão vendo o mercado do reggae hoje em dia no Brasil? A verdade é que quando começa aparecer milhares de banda fazendo a mesma coisa , sem alma , sem verdade, prejudica um pouco o mercado , mas no final fica quem estiver fazendo um trabalho sério. O público sabe quando é verdadeiro.


8) Quais os próximos planos do grupo? Parece que o Cd novo sai em abril né? Conte pra gente as novidades. Trilogia: o primeiro cd fala da barra do jucu onde moramos (o paraíso). O segundo cd fala do Espírito Santo e de lugares mágicos do estado. O terceiro que está nascendo fala de saudade e esperança. As músicas foram feitas todas em ônibus, hotéis ,estrada . Viajamos o Brasil todo e conhecemos novas culturas. Vem recheado de novidade, efim, um caldeirão de cultura , ecologia ,” ESPERANÇA” (nome do cd ) .


9) Muitos criticos analisam que a diferença da banda está na percussão. Esse realmente é o forte de vocês? Sem dúvida a galera do tambor nasceu tocando congo. Faz a coisa com muita facilidade, no entanto é uma quebradeira só ,tem um ritmo forte. O brasileiro gosta de dançar, está no sangue. Minha guitarra surfa fácil diante de uma cozinha dessa.


10) Deixe uma mensagem final para todos os fãs da Banda Casaca.CASACA hoje é uma banda independente de novo com muito orgulho e tem feito shows de casa cheia por todo o Brasil porque o fã sabe que um show do CASACA é diversão garantida, muito obrigado! Que nosso sucesso seja do tamanho do seu carinho.


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